As pesquisas que mostram as expectativas e as reações sobre Bolsonaro como presidente da República revelam claramente que expectativase realidade começam a trilhar caminhos diferentes. Vejam só: em 2018, Bolsonaro derrotou Haddad no segundo turno por 57.797.847 votos a 47.040.906 votos. Em percentuais, Bolsonaro teve 55,13% contra 44, 87%, ou seja, mais de dez por cento apenas dos votos válidos.
À medida que foi se aproximando a posse, os índices foram melhorando para Bolsonaro e, já na pesquisa de janeiro de 2019 da XP Investimentos, ele chegou a ter 63% de “ótimo/bom” (o que poderia ser muito mais, considerando-se apenas os “votos válidos”) na expectativa para sua administração. Excelente para ele. Mas, passados pouco mais de 4 meses de realidade administrativa, as tendências começam a mudar.
Na nova pesquisa da XP Investimentos, a “avaliação negativa” do governo subiu de 26% em abril para 31% agora em maio, enquanto o “ruim/péssimo”, que estava em 15%, acelerou e já chegou a 27%, quase o dobro do que estava no começo do ano. E o curioso é que o percentual daqueles que estavam “indiferentes” começou a cair e já está quase pela metade: passou de 9% para 5%!
A queda nas pesquisas, de fato, reproduz a frustração com o desempenho de Bolsonaro nesse início de governo repleto de trapalhadas. Os Filhos e suas confusões, com seu estilo bang-bang, provavelmente estão entre os que mais contribuem para a queda. Acrescente-se a isso o “fator” astrólogo/filósofo Olavo de Carvalho, orientador dos Filhos, estimulando conflitos com os militares, que já estão de saco cheio de tanta confusão. E tudo isso sem falar de Queiroz e a milícia plantada no gabinete do Filho deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Tá oquei ou quer mais?
O que essas pesquisas mais revelam é a pergunta: como é que se pode fazer tanta trapalhada em tão pouco tempo?!?!?!?!????!!!
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