28/07/2020 às 20h31min - Atualizada em 28/07/2020 às 20h31min

SEGUIDORES DE TRUMP E BOLSONARO SE NEGAM A USAR MÁSCARAS

TWITTER BLOQUEIA FILHO DE TRUMP POR POSTAR FAKE NEWS SOBRE COVID-19

A Organização Mundial de Saúde reafirma o alerta ao mundo: “Não voltaremos ao “velho normal”. A pandemia já mudou a maneira como vivemos nossas vidas”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

As férias de verão no Hemisfério Norte e o relaxamento das medidas restritivas que reduzem o isolamento social na maioria dos países do Hemisfério Sul, em pleno inverno, coincidem com o registro do aumento de novos casos de contaminação do coronavírus em mais de 37 países, em todos os continentes, segundo a Reuters. O número de mortes causadas pela pandemia da Covid-19 no mundo chega a 651.674 e 16.642.263 pessoas infectadas, de acordo com o último relatório divulgado na noite dessa segunda-feira, 27 de julho. Os especialistas acreditam que o  número de vítimas seja muito maior, devido à subnoticação dos casos. Para os cientistas, no Brasil a situação ainda é mais grave porque o governo federal não faz a testagem em massa da população, dificultando o acesso à contagem aproximada. Sem o teste, os contaminados que não apresentam sintomas, os chamados “assintomáticos”, estão por aí espalhando o vírus e contaminado as pessoas. 

Os Estados Unidos e o Brasil registram o maior número de casos da Covid-19. No país governado por Donald Trump, 150.444 pessoas já morreram e 4.433.410 foram contaminadas pelo coronavírus. Logo depois vem o Brasil, que tem como presidente Jair Bolsonaro, fiel seguidor de Trump e suas ideias negacionistas desde que o mundo confirmou os primeiros casos de infecção. Segundo o último relatório do consórcio de veículos de imprensa, divulgado nessa terça-feira, 28 de julho, 87.618 pessoas já morreram no Brasil e são 2.442.375 de casos confirmados de contaminação. 

Como Trump, Bolsonaro e seus apoiadores, também negacionistas, seguem brigando com a Ciência, descumprem as determinações das administrações regionais e ampliam os ataques das fake news nas redes sociais. Mortes, contaminação, sofrimentos nos leitos das UTIs dos hospitais são desqualificadas como consequências da pandemia e repassadas como verdades absolutas. Os responsáveis pelas principais redes sociais reagem com fechamento de contas, punições e bloqueios temporários. O chamado “gabinete do ótimo” da turma de Bolsonaro já foi alvo várias vezes, mas ele insiste. Os filhos de Bolsonaro estão sempre no meio dessas punições. 

Nessa terça-feira, foi a vez do filho de Donald Trump entrar para o grupo dos punidos pelo Twitter. A conta de Donald Trump Jr ficou 12 horas sem poder ser acessada por ele ter postado uma fake news sobre a Covid-19. Na segunda-feira, 27 de julho, o filho do presidente dos Estados Unidos publicou um vídeo com um suposto médico que afirmava que há cura para a contaminação do coronavírus e que a hidroxicloraquina é uma das opções. Daqui e dali, sempre a cloroquina que também tem Jair Bolsonaro como um dos maiores defensores. O tal médico também seria contra as recomendações do uso da máscara, como uma das medidas para reduzir a propagação do vírus. A mesma máscara que o presidente Bolsonaro e seus apoiadores  insistem em não usar. O presidente Trump também compartilhou a postagem do filho, mas o Twiiter não bloqueou, mais uma vez, a conta dele. A fake news foi disparada com uma velocidade tão grande no Facebook que, segundo a CNN, nos EUA, foi vista 14 milhões de vezes. O que fez a rede social? Deletou a postagem. “Nós removemos o vídeo por difundir informação falsa sobre curas e tratamento para Covid-19”, disse Andy Stone, porta-voz do Facebook.

A insistência de não usar a máscara para proteger as pessoas, enquanto a vacina não chega, já virou uma marca dos negacionistas seguidores de Bolsonaro e Trump. Para mostrar ao mundo, quem são essas pesoas, dois rapazes da Califórnia gravaram um vídeo em uma praia, que já é o maior sucesso nas redes sociais. Veja o vídeo.

Como a família Bolsonaro não desiste de passar vergonha no mundo, agora foi a vez do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) provocar uma reação do presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Deputados dos Estados Unidos, Eliot Engel. No domingo, Eduardo Bolsonaro postou um vídeo de apoio a Donald Trump no Twitter. Na postagem, Donald Trump aparece cercado de apoiadores, critica opositores que o chamam de racista e evidencia títulos de matérias jornalísticas favoráveis ao presidente dos EUA, principalmente na área econômica.

O congressista norte-americano disparou contra o filho de Bolsonaro, também pelo Twitter. “Nós já vimos essa tática antes. Ela é vergonha e inaceitável. A família Bolsonaro precisa ficar fora das eleições dos Estados Unidos”, afirmou Engel. As críticas ao deputado federal brasileiro também foram reproduzidas pelo conta oficial do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.

O recado foi dado. Vamos ver qual será a próxima etapa de mais essa vergonha mundial que a família Bolsonaro está fazendo o Brasil passar.

 

 

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