27/05/2020 às 12h34min - Atualizada em 27/05/2020 às 12h34min

​NÃO É FAKENEWS! STF PARTE PARA CIMA DOS ATAQUES NA INTERNET

DONO DA HAVAN, O BLOGUEIRO ALLAN DOS SANTOS E ROBERTO JEFFFERSON ESTÃO NA LISTA

 
A turma das fakenews - que ataca a democracia, o Congresso e os ministros do STF - foi acordada, nesta quarta-feira, 27, pela Polícia Federal. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre as fakenews, determinou a operação que está cumprindo 29 mandados de busca e apreensão em vários estados e no Distrito Federal. A investigação atinge diretamente pessoas ligadas ao presidente Bolsonaro. O chamado “gabinete do ódio” é acusado de disparar os ataques antidemocráticos e convocar manifestações contra o Congresso e o STF.
 
O presidente do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, Edgard Corona, dono da Smart Fit, a ativista de extrema-direita Sara Winter e o blogueiro Allan dos Santos estão na lista dos investigados. Allan dos Santos não compareceu ao STF quando foi convidado para dar explicações sobre os ataques ao Supremo, no final do ano passado. Mas no dia 3 de maio, ao final de uma manifestação que pedia o fechamento do Congresso e do STF, ele tirou uma selfie mostrando o dedo do meio em frente ao prédio do tribunal (o famoso “deu um cotoco” oara o Supremo). Sem se preocupar em agravar ainda mais a situação dela, Sara Winter já foi ao Twitter e chamou o ministro Alexandre de Moraes de “covarde”.
Alexandre de Moraes também mandou a PF bater na porta de parlamentares bolsonaristas acusados de fazer ameaças, ofender e disparar fakenews contra os ministros do STF. Eles, os deputados federais Luiz Philipe de Orleans e Bragança (aquele que se considera herdeiro de um trono que não existe desde 1822), Cabo Junior do Amaral, Filipe Barros, Daniel Silveira (que quebrou a placa da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018) e as que se acham “palacianas, Carla Zambelli e Bia Kicis. Deputados estaduais ligados à família Bolsonaro também estão recebendo mandados de busca e apreensão.
 

Essa operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes tem tudo para ser uma das mais importantes desde que Jair Bolsonaro venceu as eleições em 2018. Muitas denúncias sobre o “derrame” de fakenews e o gabinete de ódio - que seria financiado com dinheiro público - levaram o Congresso a implantar uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista. Por enquanto, as buscas não chegaram à família do presidente Bolsonaro, mas os filhos já reagiram, é claro, na internet.

O vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que há muito tempo não aparece na Câmara Municipal do Rio, usou as redes sociais para protestar. "O que está acontecendo é algo que qualquer um desconfie que seja proposital. Querem incentivar rachaduras diante de inquérito inconstitucional, político e ideológico sobre o pretexto de uma palavra politicamente correta? Você que ri disso não entende o quão em perigo está!", escreveu o “02”.
O irmão dele, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também questionou a operação, pela rede social. “Esse não é aquele inquérito que a PGR Raquel Dodge pediu para arquivar mas o Min. do STF Alexandre de Moraes não permitiu e deu continuidade? Achei que não existisse processo judicialiforme no Brasil... Não é o MP/PGR titular da ação penal?".
 
A operação da PF agita as redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes, Luciano Hang (aquele que não quer ser chamado de o “véio” da Havan), Roberto Jefferson e Sara Winter estão entre os mais citados do Twitter. O “gabinete do ódio” entrou em ação e as hastags protestando contra o STF já dispararam na rede social. Essa quarta-feira promete. 
 
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