26/05/2020 às 05h06min - Atualizada em 26/05/2020 às 05h06min

​MUDANÇA NO CENTRO DO PODER GLOBAL

SAEM ESTADOS UNIDOS, ENTRA A CHINA


Quem fez a declaração passando os Estados Unidos para segundo lugar foi ninguém menos que o chefe das Relações Exteriores da UE (União Europeia), Josep Borrell. Disse ele, nessa terça-feira, dia 25, durante conferência anual com os embaixadores alemães, que "os analistas falam há muito sobre o fim de um sistema liderado pelos americanos e a chegada de um século asiático. Isso está acontecendo agora, bem diante de nossos olhos".
 
Na notícia, divulgada pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong, Borrell considera que a pandemia deveria ser encarada como um provável ponto de viragem na mudança de poder do Ocidente para o Oriente e que, para a UE, "está crescendo a pressão para escolher um dos lados".
Borrell acrescentou que o bloco de 27 nações europeias "deve seguir seus próprios interesses e valores e evitar ser instrumentalizado por um ou por outro". Ele reconhece que o crescimento da China é "impressionante" e lembra que as relações entre Bruxelas (União Europeia) e Pequim "nem sempre foram baseadas na confiança, na transparência e na reciprocidade".

Para Borrell, "só teremos alguma chance se soubermos lidar com a China com disciplina coletiva", observando que a próxima cúpula UE–China neste outono poderia ser uma oportunidade para agir assim.
"Precisamos de uma estratégia mais forte para a China, o que também requer melhores relações com o resto da Ásia democrática", acrescentou o chefe da diplomacia da UE.

Na mesma conferência, realizada este ano por vídeo devido à pandemia, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, ecoou o apelo de Borrell por uma maior transparência da China, criticando a política de informação de Pequim durante os primeiros estágios do surto do vírus.
 
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