15/05/2020 às 14h02min - Atualizada em 15/05/2020 às 14h02min

SAÍDA DE TEICH AGITA AS REDES SOCIAIS

BOLSONARO É CRITICADO POR POLÍTICOS E INTERNAUTAS


Quem vai querer assumir o ministério da Saúde? Essa é a pergunta que o Brasil faz depois que o médico carioca Nelson Teich não aguentou ficar um mês no cargo. Ele assumiu no dia 17 de abril e, nessa sexta-feira, 15 de maio, entregou o pedido de demissão. A saída de Teich agita um país que sofre com o crescente número de vítmas do coronavírus. Pelo Twitter, o primeiro ministro da Saúde a cair, Luiz Henrique Mandetta, escreveu: “Oremos. Força SUS. Ciência. Paciência. Fé! O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), também se manifestou pela rede social. “A confusão que Bolsonaro cria é única no planeta. Espero que as instituições julguem o quanto antes a produção de tantos desastres, entre os quais a demissão de DOIS ministros da Saúde em meio a uma gigantesca crise sanitária. O Brasil merece uma gestão séria e competente”. Do Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel mandou recado para Bolsonaro e Teich. “Minha solidariedade ministro @TeichNelson. Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir fazer um trabalho sério com sua interfência nos ministérios e na Polícia Federal. É por isso que os governadores precisam conduzir a crise da pandemia e não o senhor, presidente.”, criticou o governador fluminense.
Em lados opostos na política, mas com a mesma opinião sobre Bolsonaro, Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi direto ao ponto. “Teich é o segundo Ministro da Saúde demitido em menos de 1 mês. E o Brasil avança como um dos países com maior mortalidade pelo Coronavírus. Parece que quem precisa ser demitido é o Presidente”. O governador do Ceará, Camilo Santana, reafirmou a preocupação com o difícil momento que o Brasil vive. “A saída do segundo ministro da Saúde em menos de um mês traz enorme insegurança e preocupação. É inadmissível que, diante da gravíssima crise sanitária que vivemos, o foco do Governo Federal continue sendo em torno de discussões políticas e ideológicas. Isso é uma afronta ao país”. O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, não poupou críticas a Bolsonaro. “O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. E assim, com método e paciência, Bolsonaro vai destruindo o Brasil e semeando a morte e o descrédito”. O maior alvo do presidente Bolsonaro, João Doria, governador de São Paulo, também se manifestou pelo Twitter . “Mais um ministro da Saúde, que acredita na ciência, deixa o governo Bolsonaro. No momento em que a curva de mortes pelo coronavírus acelera, o Brasil perde com a saída de Nelson Teich. O barco está à deriva. Que Deus proteja o Brasil e os brasileiros”.
Segundo a CNN, Nelson Teich  disse que foi o "dia mais triste" da sua vida. "Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina", teria afirmado o médico oncologista, ao deixar o cargo.  Nelson Teich já vinha conversando com amigos que “estava cada vez mais difícil conciliar as vontades de Jair Bolsonaro, como a flexibilização do isolamento social e o uso da cloroquina para conter o avanço da pandemia do coronavírus, e as recomendações da Ciência e com os recursos disponíveis”, segundo informações da jornalista Denise Rothenburgo, do Correio Braziliense. O médico oncologista Nelson Teich optou ficar do lado da Ciência. E o Brasil, como fica? #FicaEmCasa, a medida mais eficaz para enfrentar essa grave situação que passamos.
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