05/05/2020 às 18h29min - Atualizada em 05/05/2020 às 18h29min

​ARAS QUER QUE O AGRESSOR DOS ENFERMEIROS RESPONDA POR CRIME CONTRA SEGURANÇA NACIONAL

ACUSADO É TERCEIRIZADO DO MINISTÉRIO DA DAMARES

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu, nessa terça-feira, à Procuradoria da República no Distrito Federal que Renan da
 Silva, o homem que agrediu as enfermeiras, durante a manifestação pela vida, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 1º de maio, dia do Trabalhador, seja processado pela Lei de Segurança Nacional (LSN). O pedido foi feito depois que reportagem do UOL mostrou que ele é funcionário terceirizado do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo o ministério comandado por Damares Alves, Renam da Silva foi contratado pela empresa G4F Soluções Corporativas LTDA como analista de projeto socioeducativo e  presta serviço na Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Afirma, também, que Renam não aparece lá desde março e que  já teria pedido demissão há mais de 40 dias. O ministério não apresentou provas do pedido de desligamento.
As imagens que mostram Renam cuspindo e agredindo verbalmente as enfermeiras quando homenageavam as colegas que morreram no combate ao coronavírus causaram indignação  nas redes sociais. A revelação que o agressor trabalha justamente no ministério dos Direitos Humanos, que existe para defender a vida,  aumentou a revolta e o vexame que o Brasil já passa no mundo por não estar combatendo o coronavírus como uma pandemia que provoca mortes e muito sofrimento.    
Renam da Silva estava acompanhado de outras apoiadoras de Bolsonaro que também tentaram intimidar as profissionais de saúde. O Conselho Federal de Enfermagem vai entrar com uma representação no Ministério Público Federal contra os agressores.  
 “Não permitiremos que o ódio irracional e a violência gratuita intimidem aqueles que, enfrentando seus próprios receios, se colocam na linha de frente do enfrentamento à pandemia de COVID-19. Não há espaço, na Democracia, para este tipo de ataque. A ciência e o espírito de solidariedade social prevalecerão”, afirmou o presidente do Cofen, Manoel Neri.


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